A exposição individual “Língua de Fogo”, da artista Isadora Jochims, que tem curadoria de Cristiana Tejo, entrará em cartaz neste sábado (14), na Sala Enxovia, do Museu das Bandeiras. A abertura acontecerá às 15 horas e poderá ser conferida até o dia 18 de outubro.
De acordo com a artista, “Língua de Fogo” trata-se de uma obra feita em crochê e bordado que foi especificamente para a sala Enxovia do Museu das Bandeiras. “‘Língua de Fogo’’ foi confeccionada durante 9 meses com técnicas ligadas tradicionalmente ao gênero feminino, e explora a importância da técnica para a possibilidade de contar histórias através delas”, explica a artista.
A obra fala sobre tradições inventadas e a patrimonialização da cidade, tornada Patrimônio da Humanidade em 2001 pela Unesco além de revisitar a lenda ibérica da Cuca incorporada no folclore brasileiro durante a colonização, reinventada por Monteiro Lobato em 1921 (O saci) e tornada meme durante a pandemia COVID-19.
A artista
Isadora Jochims (Goiânia, 1985) é artista visual autodidata e transdisciplinar. Estudou desenho, aquarela e cerâmica de 2016 a 2019 no Par de Idéias, Brasília, fez acompanhamento crítico com a artista Elisa Castro de 2020 a 2022 e diversos cursos livres de 2020 a 2023 – Parque Lage, Ateliê 397, Mentoria Atelier Helena Lopes, Arte Saúde Práticas. Atualmente está em acompanhamento crítico com Cristiana Tejo e Tiago Gualberto.
É formada em medicina, especialização em Reumatologia e trabalha no Hospital Universitário de Brasília onde coordena projetos que interseccionam arte e saúde.
Promoveu o Festival ATUARTE, Mostra de Arte, que aconteceu em 2019, 2020 e 2021 pela Sociedade Científica de Reumatologia de Brasília.
Participou da criação do Coletivo Grupo Analgesia, no qual atua como artista e mediadora de propostas e intervenções artísticas no hospital junto a mulheres profissionais de saúde e usuárias do SUS que sentem dores crônicas.
Atualmente tem interesse em fabulações como uma ferramenta crítica aos princípios coloniais/patriarcais tendo a mulher como centralidade da narrativa.
Fotos: @trizxs