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Umidade relativa do ar na cidade de Goiás chega a 9%, a mais baixa do país. Veja dicas de médico para se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou que a cidade de Goiás registrou, ontem, umidade relativa do ar em apenas 9%, considerada a mais baixa do Brasil neste ano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal para o bem-estar humano a faixa de umidade relativa entre 40% e 60%. Nesse intervalo, o corpo consegue manter um equilíbrio fisiológico adequado, com as mucosas funcionando bem e menor risco de problemas respiratórios.

Para se ter uma ideia, no deserto do Saara a umidade do ar costuma variar entre 14% e 20%.

De acordo com o médico Henrique Augusto, nesta época do ano é preciso redobrar os cuidados, já que as condições favorecem o aparecimento de doenças respiratórias.

“Nossas vias respiratórias possuem camadas de proteção para evitar infecções. Entre elas, o muco, que retém bactérias, e os cílios, que eliminam esse muco para fora do corpo. Na baixa umidade, a produção de muco fica prejudicada, o que compromete o movimento ciliar. Como resultado, o organismo fica mais vulnerável, pois vírus e bactérias se acumulam, aumentando o risco de doenças”, explica.

O médico acrescenta que, no frio, as doenças também se proliferam mais pelo hábito de manter os ambientes fechados. “Geralmente, no frio, as pessoas não abrem janelas e portas, o que facilita a transmissão de doenças”, alerta.

Henrique afirma que os umidificadores são aliados importantes durante a estiagem, mas reforça que medidas simples, como colocar uma toalha molhada no ambiente, também ajudam a aumentar a umidade. “Esses cuidados devem ser priorizados à noite, quando o organismo produz menos muco para limpar as vias aéreas”, orienta.

Ele lembra ainda que hábitos adotados durante a pandemia continuam sendo eficazes, como o uso de máscaras em caso de gripe e a higienização frequente das mãos. “Um ponto importante é não se automedicar”, ressalta.

Outra recomendação básica é aumentar a ingestão de líquidos. Segundo o médico, a quantidade ideal para uma pessoa saudável é de 1,5 a 3 litros de água por dia. “Se a pessoa é obesa ou pratica atividades físicas, essa quantidade deve ser maior. Uma forma de avaliar se está bebendo água suficiente é observar a cor da urina: ela não deve ser escura, mas sim amarelo-clara, quase transparente”, orienta.

Foto: Tony Winston/Agência Brasil

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