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UFG entrega título de Doutor Honoris Causa ao memorialista Elder Camargo de Passos nesta quinta-feira (31)

O memorialista, escritor e ativista cultural Elder Camargo de Passos, 83 anos, será o segundo vilaboense a receber o título de Doutor Honoris Causa pela UFG. Até então, apenas a poetisa Cora Coralina havia sido homenageada com essa honraria, considerada a mais alta concedida por uma universidade.

A solenidade de entrega do título será realizada nesta quinta-feira (31), às 19h, no Palácio Conde dos Arcos. Participarão da cerimônia a reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, o diretor do Campus Goiás da UFG, Alisson Cleiton de Araújo, e o diretor da Faculdade de Medicina, Waldemar Naves do Amaral.

Durante o evento, o médico e professor da UFG Fernando Cupertino, sobrinho de Elder Camargo de Passos, fará a saudação oficial em nome da universidade. De acordo com ele, o título reconhece o papel fundamental do homenageado na preservação das manifestações culturais goianas.

“Cidades antigas no Brasil, que passaram por períodos de decadência após o ciclo da mineração, especialmente aquelas que já foram capitais, acabaram relegadas a um plano secundário e correram risco de perder seu patrimônio artístico e cultural. Meu tio tomou a iniciativa de proteger e divulgar nossas tradições culturais”, afirma Cupertino.

Ainda segundo o médico, a ideia da concessão do título partiu do presidente da OVAT, Guilherme Veiga. A Faculdade de Medicina da UFG, reconhecendo a importância da cultura para a formação médica, sugeriu à universidade a concessão da honraria, que foi aprovada por unanimidade.

Legado

Formado em Direito, Elder Camargo de Passos é um dos fundadores da Organização Vilaboense de Artes e Tradições (O.V.A.T.), criada nos anos 1960 por um grupo de jovens católicos com o objetivo de promover o patrimônio histórico e cultural de Goiás, incentivando o desenvolvimento turístico da cidade.

A organização foi responsável por resgatar importantes tradições locais, como a Procissão do Fogaréu.

Juntamente com Antolinda Baía Borges e o então bispo Dom Tomás Balduíno, Elder também foi um dos criadores do Museu de Arte Sacra da Boa Morte, que abriga a maior parte do acervo artístico de Veiga Valle.

Como pesquisador, dedicou-se ao trabalho de reconhecimento e catalogação de atividades culturais na cidade de Goiás e é autor de obras como História de Goiás e Veiga Valle – Seu Ciclo Criativo. Também foi cantor, seresteiro e colaborador em pesquisas e obras de diversos artistas.

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