Destaques, Entrevista, Eventos, Notícias

‘‘Tenho a minha verdade, não busco agradar modismos’’

A frase é da cantora Elba Ramalho, que antes de chegar a Cidade de Goiás para show dentro que vai acontecer dentro da programação do Circuito Gastronômico, conversou com o Jornal Nova Fogaréu sobre carreira, planos, entre outros assuntos

 

RARIANA PINHEIRO

Elba Ramalho e um portento. Começou a carreira no fim dos anos 1960, com o grupo As Brasas. Nos anos seguintes, o conjunto feminino se transformou em um musical de teatro. A artista começou a despontar no Nordeste e alcançou fama nacional ao lançar o primeiro álbum, Ave de Prata (1979).

Ao longo da década de 1980, lançou diversos discos, vendeu milhões de cópias e consolidou-se como uma das principais cantoras do Brasil. Entre os maiores sucessos, estão canções como De Volta para o Aconchego, Banho de Cheiro e Ciranda da Rosa Vermelha. Muitas de suas músicas foram temas de novelas e alcançaram o público no exterior.

Na década de 1990, bombou com o álbum O Grande Encontro (1996), ao lado de Alceu Valença, Geraldo Azevedo e seu primo, o também cantor Zé Ramalho. A parceria com os intérpretes se repetiu em outras ocasiões. A carreira também ficou marcada por trabalhos como atriz, a exemplo do especial Morte e Vida Severina (1981), na Globo.

Este ano, completando 64 anos de carreira, depois da série de shows das festas de São João, a cantora Elba Ramalho vai chegar à Cidade de Goiás para trazer de volta o clima das celebrações juninas. No show que acontece no dia 22 de julho, na Praça de Eventos, dentro da programação do Circuito Gastronômico, a artista, em entrevista ao Jornal Nova Fogaréu, prometeu uma viagem animada e emocionante aos seus 45 de carreira. Ainda recordou com carinho suas passagens pela cidade. A última vez que esteve por aqui foi em 2016, ao lado de Geraldo Azevedo na programação do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica). A artista também revelou também segredos da longevidade da carreira e sonhos, como o de fazer um álbum com trilhas que gravou para novelas. Veja a seguir a conversa com a artista.

Jornal Nova Fogaréu – O que preparou para o show na Cidade de Goiás?

Elba Ramalho – Um show que traz um pouco de tudo. Ainda estamos em ritmo de São João, portanto vai ter muito forró e quadrilha. Xote, baião para dançar juntinho e os clássicos românticos, como “Aconchego” e “Gostoso Demais” No final, terminamos a festa com os frevos que são contagiantes. É quase que uma retrospectiva dos meus 45 anos de carreira.

JNF – Como é estar de volta a Cidade de Goiás? Você já esteve aqui duas vezes nos últimos 20 anos. Deu para conhecer algo?

Elba Ramalho – Sempre estamos correndo, mas lembro de ter caminhado pelo centro histórico, e mesmo sem ter planejado, me deparei com a casa de Cora Coralina.  Me recordo da beleza singela daquela casa que deve ter inspirado muitas poesias.  São boas recordações.

JNF – Qual o segredo para se manter em atividade na música em um mercado tão competitivo?

Elba Ramalho – Não tenho um segredo e creio que não existe uma fórmula.  Eu tenho a minha verdade, não estou buscado agradar um segmento do mercado ou seguir algum modismo.  Sou uma cantora nordestina que canta ritmos brasileiros.  O meu DNA está no meu canto, está no meu trabalho. Fico feliz que o público se identifique com as minhas músicas e com minha trajetória.

JNF – Após mais de 40 anos de carreira, como define a sua fase atual?

Elba Ramalho – Tenho a facilidade de ter um estúdio de gravação dentro de casa.  Meu filho, Luã, é um ótimo produtor musical que me incentiva muito a fazer novos registros.  Acabei de lançar um álbum que contou com as participações especiais de Zé Ramalho, Juliette, Almério e Wilson Sideral.

JNF – Quais são os projetos que está envolvida este ano? O que falta concretizar? 

Elba Ramalho – Bons projetos não faltam. Eu tive mais de 40 músicas em trilhas de novelas. Gostaria de fazer uma releitura de algumas canções que foram temas de TV.

JNF – O que mais te encanta nesta temporada de festas juninas?

Elba Ramalho – É uma boa pergunta, pois a minha memória afetiva também aflora nessa época, é o inverno que traz as chuvas, a colheita farta traz alegria, os festejos dos Santos católicos, a música, a culinária.   São muitos elementos. São João, na sua origem, é a grande festa da família.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *