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Ruas com fibra ótica e cemitério revitalizado: PAC pode trazer melhorias à cidade em 2024

Prefeitura da Cidade de Goiás apresenta propostas de alto valor ao programa do governo federal. Estão em análise projetos para melhoria no tráfego das ruas de pedra, reforma e musealização do Cemitério São Miguel

 

RARIANA PINHEIRO

 

Há 22 anos, em 14 de dezembro de 2001, a Cidade de Goiás vivia um marco em sua história: se tornava um dos 12 Patrimônios Culturais Mundiais no Brasil pela Unesco.  O título projetou a antiga Vila Boa para o mundo e incentivou a salvaguardar tanto patrimônio material como imaterial do município fundado durante o ciclo do ouro, no século XVIII.

Em dezembro, nas proximidades da celebração pelas mais duas décadas do recebimento do título, a cidade recebeu boas notícias que podem trazer melhorias e modernidade na forma de cuidar do centro histórico.

Isso porque dois projetos enviados pela prefeitura da Cidade de Goiás ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), do governo federal, relativos ao Patrimônio Histórico, foram habilitadas e estão em análise para última etapa na seleção dos recursos federais.

Uma delas é a proposta de valor mais alto entre os projetos de Goiás: foram pedidos para realização do mesmo R$ 970 mil e a execução está estimada em R$30.631.041,73 e para que ocorra em 18 meses.

O projeto prevê restauração de ruas, sarjetas, galerias pluviais, calçadas e implantação de fibra óptica no quadrilátero histórico e entorno da área de tombamento dentro do município.

O valor é justificado na proposta pelas técnicas inovadoras que serão utilizadas no projeto com a aplicação de fibras óticas em pedras. Este procedimento promete fortalecer e proteger as estruturas de pedras para preservação da integridade histórica das ruas, calçadas e galerias pluviais.

O projeto prevê que os procedimentos vão trazer ainda melhoria na trafegabilidade de pedestres, veículos e ajudar no escoamento das águas pluviais.

Cemitério

A proposta apresentada ao PAC mostra a situação de decadência dos jazigos centenários, que estão em ruínas devido a desgastes naturais e vandalismo. É apontado ainda que partes do muro do espaço carecem de estabilidade e estão perdendo a legibilidade arquitetônica.

Os proponentes pedem R$ 360 mil para o projeto e R$ 8 milhões para execução em um prazo de 16 meses. Além da reforma, o projeto propõe uma pesquisa sobre as personalidades sepultadas no local, e ainda a implementação de uso do espaço enquanto museu e atração turística na cidade.

O projeto terá três etapas. A primeira será realizada uma ampla pesquisa das personalidades sepultadas no local. A segunda pretende analisar as artes funerárias do local e a terceira visa a restauração arquitetônica e pesquisa arqueológica.

Por enquanto, só projeto

Vale lembrar que, neste ano, o PAC destinado ao Patrimônio Histórico contempla somente a realização dos projetos. Porém, é esperado que em 2024 seja liberada nova fase do programa para liberação da verba para a execução das propostas.

Modelo

No PAC destinado a patrimônio, o município já foi beneficiado e, inclusive, a Cidade de Goiás foi a única do Brasil a conseguir concluir todas as obras previstas no Programa de Aceleração Cidades Históricas, lançado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Na época, foram entregues seis obras: a recuperação da Ponte da Cambaúba, as restaurações da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, do Mercado Municipal e da sede da Prefeitura e as requalificações da Diocese – instalação do arquivo diocesano e do Cine Teatro São Joaquim.

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