O ano ainda não acabou, porém o número de pedidos de Medidas Protetivas na Cidade de Goiás já está consideravelmente maior do que em 2022. De acordo com dados da Secretaria das Mulheres, Juventude e Direitos Humanos, Iolanda Aquino, em entrevista a 99,7, ano passado foram registradas 71 Medidas Protetivas de Urgência. Neste ano, até o dia 31 de outubro, já haviam sido registradas 111 medidas protetivas na Cidade de Goiás. Destas, 104 foram destinadas às mulheres, duas a crianças e adolescentes e cinco solicitadas pelo Poder Judiciário, para que as mulheres tenham acompanhamento multidisciplinar.
“Quero parabenizar a equipe do Centro Especializado de Atendimento à Mulher Brasilete Ramos Caiado (Ceam) pelas diversas campanhas que foram feitas, porque este número indica que as mulheres estão denunciando mais as agressões. Mas também simbolizam que o ciclo de violência contra a mulher não para”, diz.
Uma das medidas lançadas na Cidade de Goiás para tentar conter este ciclo de violência foi a implantação do Programa Reflexivo Girassol, uma parceria entre a Secretaria das Mulheres, Juventude e Direitos Humanos e o Poder Judiciário.
A criação do grupo já estava prevista desde a criação da Lei Maria da Penha, mas a partir de 2020 se tornou obrigatória. O programa consiste na busca pela reeducação de agressores através de uma equipe multiprofissional.
“A justiça vai determinar quem irá participar deste grupo, que servirá para trazer informações sobre formas de gerenciamento de conflitos, vai trabalhar a comunicação não violenta, conscientizar sobre masculinidade tóxica, entre outros temas, para que possamos diminuir e mitigar a violência doméstica que temos”, argumenta.
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil