RARIANA PINHEIRO
A tragédia climática, a exaustão dos recursos naturais, entre outros fenômenos devastadores causados pela presença humana, são alguns temas que a artista visual Triz de Oliveira Paiva levanta na exposição “Minha Alma Sofre Em Casa de Argila”. A mostra está aberta no Museu das Bandeiras (MuBan), onde ficará em cartaz até o dia 31 de março.
Com curadoria de Marco Antônio Vieira, as peças instaladas se constituem por adesão de matéria, grossas camadas de pátinas terrosas que recobrem móveis e objetos. “O barro aqui converte-se em véus espessos de terra que se depositam e envolvem parte dos objetos”, diz o curador.
De acordo com Triz, na mostra, o barro, que é elemento estruturante em sua pesquisa. “Declina-se aqui em seus efeitos cataclísmicos na terra: lama, lodo, pó”, sentencia a artista brasiliense.
A artista
Triz, nome artístico de Beatriz de Oliveira Paiva, é de Brasília, uma jornalista que preferiu a subjetividade da arte. Ela estudou aquarela, cerâmica, pigmentos naturais e preservação de flores de forma livre entre 2020 e 2023.
Participou de residências artísticas no Vilarejo 21, com curadoria crítica de Christus Nóbrega (2022) e acompanhamento crítico com Marília Panitz (2023). Fez acompanhamento crítico com a artista Suyan de Mattos (2023). Atualmente faz acompanhamento crítico com Marco Antônio Vieira (2023/2024). Sua trajetória inclui exposições no Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro. Vive e trabalha em Brasília, mas coloca-se em condição de constante movimento entre a Capital e Cavalcante – GO. É integrante do coletivo Maskarada. Em setembro, Triz participa da mostra “Obra têxtil”, no MAC Niterói.
Serviço
- Exposição “Minha alma sofre em casa de argila”
- Visitação: Até dia 31 de março, de terça a sábado, das 9h às 18h, terça, e domingo, das 9h às 13h.
- Onde: Museu das Bandeiras Muban (Praça Brasil Caiado – Centro)
Entrada gratuita
Foto: Reprodução/Divulgação