Uma reportagem assinada pela jornalista Malu Longo e publicada na edição do último domingo (17) contou a história de Lígia Fonseca Ferreira, de 27 anos. Ela é a primeira médica quilombola a atuar no bicentenário Hospital de Caridade São Pedro D’Alcântara, na cidade de Goiás.
Recém-formada pela Universidade Federal de Jataí (UFJ), Lígia retornou à sua cidade natal para trabalhar justamente no hospital que faz parte de sua trajetória de vida. Foi lá que ela nasceu e também onde sua avó, dona Ione, trabalhou por muitos anos nos serviços gerais. Dona Ione, falecida em 2018, é lembrada como uma referência no quilombo Alto Santana.
A matéria também relata os episódios de preconceito enfrentados por dona Ione em seu trabalho, por ser negra, e destaca a história de superação de Lígia. Para conseguir se manter durante a faculdade, ela trabalhou como garçonete e chegou a vender pinturas de sua autoria.
Hoje, já formada, Lígia exerce a profissão com emoção e dedica grande apreço aos pacientes que atende, tornando-se um exemplo de luta e inspiração para sua comunidade e para a cidade de Goiás.
Foto: Diomício Gomes.