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Humor das quilombolas Dona Candinha e Dona Chica ganha destaque no programa “Avisa Lá Que Eu Vou”, de Paulo Vieira. Programa será exibido em rede nacional nesta quarta-feira (16), na TV Globo

Na última terça-feira (15), foi ao ar no canal GNT o programa “Avisa Lá Que Eu Vou”, apresentado por Paulo Vieira e gravado na cidade de Goiás. Nesta quarta-feira (16), o episódio será transmitido em rede nacional pela TV Globo, às 23h45, após o futebol. A série também está disponível no Globoplay.

O programa destacou as tradições da cidade, como a Procissão do Fogaréu, e trouxe entrevistas com Vinícius Campelo, presidente da Venerável Irmandade dos Passos, e com João Conceição, o farricoco com mais tempo em atividade.

Além das manifestações religiosas, a produção abordou a cultura popular da cidade, com ênfase na influência da população negra na identidade da antiga capital de Goiás. Em conversa com Elenízia da Mata, secretária municipal de Igualdade e Equidade Racial, o apresentador discutiu temas ligados à ancestralidade e à valorização das comunidades quilombolas.

Paulo Vieira também visitou a Escola Pluricultural Odé Kayodê, na Vila Esperança, onde conversou com lideranças e alunos. Ele elogiou o modelo pedagógico da instituição, que desenvolve iniciativas como o projeto Governo Mirim.

Comerciantes tradicionais do Mercado Municipal também participaram do episódio. No entanto, um dos momentos mais espirituosos da atração foi protagonizado pelas quilombolas Dona Chica e Dona Candinha. Em um bate-papo descontraído e repleto de bom humor, as duas fizeram até críticas bem-humoradas ao apresentador Luciano Huck e acabaram ganhando destaque como “garotas-propaganda” improvisadas da Caixa Econômica Federal.

O programa também reverenciou a obra de Cora Coralina, citada desde o início do episódio. Em diálogo com Elenízia, Paulo Vieira refletiu sobre a falta de reconhecimento da poetisa Leodegária de Jesus, outra voz literária importante da região.

Com seu estilo afetuoso e provocador, o programa lançou um olhar sensível sobre os eventos midiáticos que projetaram a cidade de Goiás, sem perder o foco nos personagens cotidianos e nos saberes populares que, apesar de não estarem nos holofotes, compõem a alma da antiga Vila Boa.

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