ALEX PEREIRA / RARIANA PINHEIRO
Um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira (MPB), a cantora Alcione, faz show na cidade de Goiás, nesta sexta-feira, 8 de julho, na Praça de Eventos. A apresentação é fruto da parceria do Sesc Goiás e do Governo do Estado, por meio das secretarias da Retomada e da Cultura.
Essa não é a primeira vez que a estrela maranhense pisa nos palcos da terra de Cora e Leodegária de Jesus. A Marrom, como é carinhosamente chamada, foi uma das principais atrações musicais da XII edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA) no ano de 2010. 13 anos depois, a consagrada artista traz para a antiga capital sua turnê que celebra 5 décadas de uma carreira repleta de muitos sucessos que embalam a trilha sonora de várias gerações.
Considerada uma das maiores sambistas do Brasil, Alcione Dias Nazareth nasceu no ano de 1947, São Luiz do Maranhão.
O nome de batismo foi ideia do pai, inspirado na personagem Alcíone, protagonista do romance espírita Renúncia, psicografado por Chico Xavier. A música sempre fez parte da sua vida.
O pai foi mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão, além de compositor e professor de música. Foi ele quem lhe ensinou, ainda cedo, a tocar diversos instrumentos de sopro, como o trompete e clarinete que começou a praticar aos nove anos.
Conhecida como a “Dama do Samba” e “A Voz do Samba”, a ganhadora do Grammy Latino de 2003 comemora 50 anos como uma das mais consagradas vozes da música brasileira.
Em entrevista exclusiva para o Jornal Nova Fogaréu, a Marrom falou sobre a carreira, projetos e as comemorações do cinquentenário de sua carreira.
JNF – Você vem esgotando ingressos por onde passa com essa turnê que celebra seus 50 anos de carreira. Como tem sido esses shows?
Essa turnê tem sido emocionante; é uma festa, uma confraternização com os fãs, pela passagem do cinquentenário de carreira, que jamais iremos esquecer. Um momento único, mágico. Estou muito feliz com a recepção desse público imenso e caloroso que têm ido aos shows para celebrar esse momento tão importante da minha carreira.
JNF – Quais são os seus próximos projetos e o que sonha concretizar na música?
Minha agenda está lotada de shows, compromissos, difícil fazer previsões. Mas sempre tenho projetos, não abdico dos sonhos. Porém, é um momento ímpar! Estou completando 50 anos de carreira e ganhando muitas “flores em vida”, felizmente. Estou sendo homenageada com um musical sobre a minha trajetória e com um documentário-biográfico; acabei de ganhar a mais alta homenagem do Prêmio da Música Brasileira e vou ser o próximo enredo da Mangueira. A ficha ainda nem caiu…
JNF – Você parece amar o palco. Como foi ficar fora dele na pandemia?
E amo mesmo. Cantar é ofício e paixão. O que salvou, naquele período, foram as lives. Elas nos aproximaram do público e eu sentia muita saudade do convívio com as pessoas e de falar com os fãs.
JNF – Por que acredita que o brasileiro se identifica tanto com suas músicas e com a sua voz?
Sempre cantei o que me arrepiava, o que gostava, me emocionava. E sou um ser humano igualzinho a todo mundo. Acho que essa pode ser uma das causas da interação com o público. E eu nunca procurei apenas fazer sucesso, sempre quis construir uma carreira. Isso também faz uma grande diferença na trajetória de qualquer artista.
JNF – O seu show está sendo muito esperado na cidade. Pode mandar um recado para o público vilaboense?
Também estou muito ansiosa para celebrar esses 50 anos junto ao público vilaboense. Vamos fazer uma festa, planejar um roteiro cheinho de sucessos. Hits para juntos, cantarmos muiiitooo.