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“É um prazer fazer show na terra de Cora”, afirma Zeca Baleiro, que abre programação de shows nacionais do Fica, nesta sexta-feira (13)

Cheio de projetos musicais, nos palcos, no mundo cênico e das telonas, Zeca Baleiro, que está prestes a completar 30 anos de carreira, voltará depois de 16 anos à cidade de Goiás, para um show que celebrará diferentes fases de sua carreira. A apresentação acontecerá na sexta-feira (13), na Praça de Eventos e, a Nova Fogaréu aproveitou a ocasião para conversar com o artista. Veja trechos da conversa.

Jornal Nova Fogaréu: Há 16 anos você já se apresentou na cidade de Goiás? Como é estar de volta?
Zeca Baleiro: É um prazer estar de volta. Quando eu toquei na celebração de aniversário de Cora Coralina, toquei bem próximo à casa dela. Lembro que foi uma noite especial. Só o fato de estar aí, próximo à casa onde Cora morou e na cidade onde ela viveu foi emocionante. Cora é essa figura incrível de uma poesia muito amorosa e muito terna. Ela era uma zeladora de uma rotina comunitária. Ela tinha aquela coisa dos doces e o fato de ser descoberta tardiamente. Tudo isso cria uma aura em torno da personagem que a faz uma figura legendária, heróica e mítica. Foi uma experiência incrível.

JNF: O que está preparando para o show na cidade de Goiás? Que músicas não podem faltar?
Zeca Baleiro: Volto agora com um show que é um retrospecto da carreira. Daqui há 2 anos eu comemoro 30 anos de carreira discográfica (risos). Então, são muitos discos e muitas canções. Vão estar lá canções minhas que o povo sempre quer ouvir: “Babylon”, “Flor da Pele”, “Telegrama” e também “Proibida Para Mim” e “Ai que Saudade Docê”, que não são minhas, mas, de certa forma são minhas.

JNF: Como define a atual fase de seu trabalho? Em que projetos está trabalhando atualmente?
Zeca Baleiro: Estou trabalhando em vários projetos, como a trilha de um curta-metragem de animação feito por um amigo muito talentoso, o Marcos Faria. Acabei de fazer a trilha de uma peça de Brecht, chamado “Gente é Gente”, que é baseado no texto original chamado “Homem é o Homem”, uma peça incrível, um musical. Agora, me preparo para trabalhar em outro musical que é chamado “A Felicidade” do Caco Galhardo. Também estou fazendo um disco com Lô Borges que vem aí e, acabei de lançar o disco “Piano” (registro de um show de voz e piano, em parceria com o pianista Adriano Magoo), um show que tenho feito em lugares menores, como teatros. Em lugares mais abertos, como o show na cidade de Goiás, prefiro o show com a banda.

JNF: Como é se apresentar em um festival que traz como temática a causa ambiental?
Zeca Baleiro: Fico feliz de participar de eventos desta natureza, que envolve outras artes em torno de uma causa que é premente para todos nós, não só artistas, mas cidadãos, que é a questão ambiental. Esta é uma questão que depende da ação de políticos e da sociedade civil para que a gente se mobilize de alguma maneira, seja em pequenas causas ou fazendo reivindicações mais gerais e planetárias, digamos assim. O mundo está passando por uma convulsão climática e é momento de tomar atitudes. Então, qualquer movimento neste sentido é bem vindo e é alvissareiro, são coisas que podem nos fazer refletir que não está ligado nesta causa. E isso agrega mais um valor a este show que vou fazer. Estou ansioso. Beijo a todos e até logo!

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