Neste sábado (22), a série Diálogos Musicais encherá a cidade de inspiração com concerto e serenata. Dessa vez, quem vai se apresentar será um nome reconhecido pelo público e crítica do Brasil e do exterior: a musicista carioca Clara Sverner, uma das mais importantes pianistas em atividade.
Como de costume, serão duas performances. A primeira será às 17h, na sede das Mulheres Coralinas, no Setor Rio vermelho, e às 21h30, desta vez, o concerto será no Palácio Conde dos Arcos.
No mesmo dia, às 23h ocorrerá a concentração de “Um Luar, Um Violão, Uma Serenata”, no Largo do Rosário. Este evento, já tradicional em Goiás, conta com a curadoria de Marlene Vellasco e trará no repertório canções clássicas, em percurso pelo centro histórico da cidade de Goiás.
A série “Goiás Cidade Musical” é organizada pelo Instituto Biapó, em parceria com o Museu Casa de Cora Coralina e a Comissão Tricentenário Cidade de Goiás, e tem coordenação da Rádio Nova Fogaréu.
A artista
Clara Sverner teve sólida formação que se iniciou em São Paulo com o professor José Kliass. Aperfeiçoou-se mais tarde nos centros musicais mais avançados, como o Conservatório de Genebra, onde recebeu uma medalha de ouro, e o Mannes College of Music, de Nova Iorque.
Premiada no Concurso Internacional Wilhelm Backhaus, ainda adolescente, apresentou-se em recitais e concertos por todos os quadrantes do Brasil e em turnês para plateias da Europa, dos Estados Unidos, do Japão e de Israel.
Em seus programas, exibe um repertório que escolhe meticulosamente e onde inclui desde análogos virginalistas ingleses do século XVI até os principais representantes do século XX.
No domínio da música clássica brasileira, foi a principal responsável pela redescoberta das obras de Glauco Velásquez. Foi ainda pioneira a desvendar a produção pianística de Chiquinha Gonzaga, a quem dedicou várias gravações.
Em 1980, saiu o primeiro álbum com algumas obras para piano da maestrina. O sucesso foi imenso e, em 1981, gravou o segundo LP com outras obras de piano dessa fecunda compositora. Em 1999, o CD “Chiquinha Gonzaga por Clara Sverner”, foi utilizado na minissérie da Rede Globo, intitulada “Chiquinha Gonzaga”
Sua parceria com João Carlos de Assis Brasil foi muito expressiva e resultou em dois discos, sendo um com obras de Joplin e Satie, considerado pela crítica um dos melhores do ano.
A discografia de Clara Sverner, consiste em mais de 26 rơtulos, distribuídos internacionalmente. O primeiro volume de “Mozart Por Clara Sverner” foi finalista do Prêmio TIM. O Vol. 2 ganhou o Prêmio TIM de Melhor Disco Clássico. O Vol. 3 indicado ao Grammy Latino.
Em 2008, Clara participa no disco solo “Nós” de Marcelo Camelo, nas músicas “Passeando” e “Saudade”. Em junho de 2009 ao lado de seu filho o designer, Muti Randolph, desenvolveram um projeto inovador onde imagens são geradas a parƟr do piano em tempo real.
Em 2011 o disco “Chopin por Clara Sverner” foi indicado ao Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de música clássica.
Em 2016, Clara fez parte do elenco da peça “33 Variações de Beethoven”, estrelada pela atriz Nathalia Timberg sob a direção de Wolf Maya. A peça inaugura o novo teatro da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que leva o nome da consagrada atriz.
Também gravou o DVD “Sinestesia” ao vivo na Sala Cecília Meireles.
Em 2017 e 2018, a convite da atriz Nathalia Timberg, Clara retorna ao teatro com a peça “Chopin ou o Tormento do Ideal”, onde percorreram diversas cidades brasileiras até o outubro de 2018.
Em 2019, é vencedora do Prêmio Profissionais da Música no segmento clássico. Em maio de 2020, lança “Reminiscences Vol. 1”, seu novo álbum, produzido pelo compositor e pianista Corciolli e disponibilizado em todas as plataformas digitais.
