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Cora 135 anos: poetisa se candidatou a vereadora e publicou o primeiro livro aos 75 anos. Veja 5 curiosidades da escritora

 

Nesta terça-feira (20) é dia de celebrar Ana Lins dos Guimarães Peixoto, a grande poetisa Cora Coralina (1889-1985), que completaria nesta data 135 anos. À frente do seu tempo, Cora teve uma vida cheia de feitos e acontecimentos e se transformou em um nome importante da literatura do país. Sua obra ressalta a Cidade de Goiás e a realidade das mulheres dos anos de 1900. Confira. 

 

Cursou até a terceira série, mas foi a primeira mulher a receber o troféu Juca Pato

 

No início, escreveu contos, que chegou a publicar em 1908, no jornal de poemas “A Rosa”. Em 1910, seu conto “Tragédia na Roça” foi publicado no “Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás”. No fim de sua vida, foi agraciada com o título de Doutor Honoris Causa da UFG e foi a primeira mulher a receber o troféu Juca Pato (1983). 

 

Sustentou seus filhos com a profissão de doceira

 

Em 1934, depois da morte do marido, Cora Coralina tornou-se doceira para sustentar os quatro filhos. Viveu por muito tempo de sua produção de doces. Considerava os doces cristalizados de caju, abóbora, figo e laranja, melhores do que os poemas escritos em folhas de caderno.

 

Em São Paulo, trabalhou como vendedora de livros e candidatou-se à vereadora 

 

Em 1936, mudou-se para Andradina, em São Paulo, onde começou a escrever para o jornal da cidade. Em 1951, candidatou-se à vereadora. Passados cinco anos, resolveu voltar para sua cidade natal. Em 1959, com 70 anos, decidiu aprender datilografia para preparar suas poesias e entregá-las aos editores.

 

Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos


Depois disso, se tornou uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional. O primeiro livro “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Em 1970, tomou posse da cadeira n.º 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. Em 1976, lançou seu segundo livro, “Meu Livro de Cordel”. O interesse do grande público só foi despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.

 


Cora criou o Dia do Vizinho

 

A escritora deixou Goiás para viver em São Paulo depois do casamento. Voltou em 1956 e, desde então, considerou os vizinhos como se fossem da família. Até fez alguns poemas em homenagem a eles. Em “Coisas do reino da minha cidade”, por exemplo, diz: “O vizinho é a luz da rua. Quando o vizinho viaja e fecha a casa, é como se apagasse a luz da rua”.

 

Foto: Site Vermelho

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