Toda a população está convidada a participar do I Seminário Internacional do Patrimônio Mundial da cidade de Goiás, que terá início nesta terça-feira (2) e seguirá até quinta-feira (4), no Cine Teatro São Joaquim.
O encontro é realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com instituições locais. O objetivo é mobilizar a sociedade civil e articular parcerias para a construção de um modelo de gestão participativa do sítio reconhecido como Patrimônio Mundial pela Unesco em 2001, cujo centro histórico é tombado pelo Iphan desde 1978.
A programação contará com palestrantes de destaque, incluindo o consultor da Unesco em Dubai, Jorge Cerveira Pinto, além de convidados como o presidente do Iphan-Goiás, Gilvani Felipe, e o produtor cultural Décio Coutinho, entre outros.
O evento inclui palestras, oficinas e apresentações culturais e reforça a importância da participação da comunidade vilaboense.
“Queremos ouvir críticas e sugestões. Estamos abertos, e esta é a única forma de construirmos uma gestão participativa”, afirma a historiadora Renata Galvão, chefe do escritório técnico do Iphan na cidade de Goiás.
Renata explica ainda que outro objetivo do seminário é a formação do Comitê Gestor e a definição de diretrizes que irão subsidiar o futuro Plano de Gestão do sítio.
“Ao final do seminário, a expectativa é já termos a composição do comitê, com representantes institucionais e da sociedade civil. Esse grupo será responsável por elaborar o regimento interno e conduzir a elaboração do plano de gestão”, destacou.
Segundo ela, a gestão do Patrimônio Mundial da cidade de Goiás envolve desafios políticos, econômicos, ambientais e sociais. Entre eles estão a expansão imobiliária, o crescimento agrícola com risco de supressão vegetal e os efeitos das mudanças climáticas sobre áreas naturais.
“A preservação desse patrimônio depende de uma articulação eficiente entre União, Estado, município, instituições culturais e órgãos ambientais. Também é fundamental garantir a participação ativa da sociedade civil no comitê gestor, assegurando uma gestão verdadeiramente compartilhada”, reforçou Renata.