Durante o mês de agosto, acontecem ações de uma importante campanha: o Agosto Lilás, uma iniciativa de conscientização e combate à violência contra a mulher. O mês foi escolhido porque, no dia 7 de agosto, foi sancionada a Lei Maria da Penha, que este ano completa 19 anos.
A campanha deste ano chega acompanhada de pesquisas e relatórios que revelam dados preocupantes sobre a violência contra mulheres no Brasil. O Atlas da Violência, por exemplo, aponta aumento nos homicídios femininos e destaca a desigualdade na distribuição desses crimes, com as mulheres negras sendo as principais vítimas.
Apesar dos dados alarmantes, há também avanços na luta contra esse tipo de violência. Um deles é a implantação do 2º Batalhão Maria da Penha na cidade de Goiás, que será um importante aliado no enfrentamento à violência contra mulheres.
De acordo com a major Patrícia Botelho, comandante do 2º Batalhão, o novo espaço funcionará na antiga Casa da Mamãe, próximo à Praça do Elivel, e será inaugurado ainda neste mês.
O batalhão terá grande abrangência: irá atender nove regionais e mais de 90 cidades. “Cada regional contará com uma equipe operacional da Patrulha Maria da Penha, responsável por acompanhar e fiscalizar o cumprimento de medidas protetivas”, explica a major.
Ela destaca que, desde 2015, a cidade de Goiás já conta com a atuação da Patrulha Maria da Penha, que atualmente acompanha quase 800 medidas protetivas no município.
Além do monitoramento dessas medidas, o trabalho inclui a construção de uma rede de apoio para fortalecimento das mulheres, com serviços psicológicos e jurídicos, viabilizados por meio de parcerias com órgãos como a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) e o CEAM (Centro de Atendimento à Mulher).
Com a criação do 2º Batalhão, esse trabalho será ainda mais ampliado, pois o novo espaço será voltado exclusivamente ao atendimento de mulheres em situação de violência.
“Iremos oferecer um serviço de maior qualidade, com foco também em ações preventivas nas escolas, com o objetivo de interromper o ciclo da violência desde cedo”, afirma a comandante.
Foto: Site Febrasgo
