O Circuito Cavalhadas 2025 chega à cidade de Goiás nesta sexta-feira (29) e sábado (30). De volta ao calendário cultural do município há quatro anos, após um hiato de sete décadas, o evento desta vez traz novidades e uma programação reforçada.
Entre os destaques está a estreia do personagem mascarado, que se apresenta com roupas coloridas e máscaras elaboradas. Ele representa irreverência e mistério e terá o papel de interagir diretamente com o público.
Outra novidade é que o desfile das Cavalhadas, com saída da Praça do Chafariz em direção ao Estádio Hélios Loyola, contará com a participação especial da Banda Phoenix de Pirenópolis. Durante a programação, haverá também a premiação de um concurso literário realizado na rede municipal de ensino, voltado para a valorização da importância cultural do evento.
A programação inclui ainda shows musicais: na sexta-feira (29), a animação fica por conta da dupla vilaboense Kauã e Renan. Já no sábado quem agitará o público é a cantora Bárbara Castilho.
Tradição e história
As Cavalhadas são encenações folclóricas inspiradas em torneios medievais europeus, que representam batalhas históricas entre cristãos e mouros. Introduzidas pelos portugueses como instrumento de catequese, hoje fazem parte de celebrações tradicionais ligadas à Festa do Divino Espírito Santo em várias cidades brasileiras.
Nos espetáculos, os cavaleiros de azul representam os cristãos, enquanto os de vermelho simbolizam os mouros, em batalhas que culminam na vitória dos primeiros e na conversão dos segundos.
Na cidade de Goiás, as Cavalhadas eram realizadas desde o século XIX, mas deixaram de ocorrer após a transferência da capital, permanecendo suspensas por 70 anos. A retomada aconteceu há quatro anos, com a inclusão do município no projeto Circuito Cavalhadas, promovido pelo Governo de Goiás.
Em 2025, o circuito envolve 15 municípios: começou em 31 de maio, em Luziânia, e terminará em 14 de setembro, em Silvânia. O objetivo é fortalecer a nacionalização do festejo, promovendo o desenvolvimento cultural, turístico e econômico das cidades participantes, além de valorizar o patrimônio cultural imaterial representado pelas Cavalhadas.
Foto: Fernando Arkanjo