Mostra coletiva de cinco jovens artistas que vivem na Cidade de Goiás traz afetividade e empatia em suas visões sobre as paisagens e espírito vilaboenses
REDAÇÃO
Nomes da arte contemporânea frequentemente estão ressignificando um espaço marcado por uma história de sofrimento e clausura: o Museu das Bandeiras (Muban). Isso porque o local tem recebido diversas exposições que transpiram liberdade de corpos e de pensamento.
Neste ano, o calendário de mostras será inaugurado com a exposição coletiva intitulada “Borogodó”. A abertura acontecerá no dia 21 de janeiro, às 17h30, e a mostra ficará em cartaz até o dia 23 de março.
A exposição reunirá trabalhos de cinco jovens artistas que navegam entre as linguagens da pintura e da fotografia. Fazem parte da mostra os trabalhos de Dora Terra, Ismael Lombardi, Murilo Ribeiro, Rayane Cesário e Vitü Lima.
“Ao nomearmos a exposição de Borogodó, buscamos trazer a dimensão mais empática, intimista e sensorial de nossos trabalhos, vinculados ao ambiente vilaboense e às nossas diversas perspectivas sobre as possibilidades do corpo, do meio ambiente, do sentimental e do espírito”, diz o artista Ismael Lombardi.
Conheça os artistas da mostra:
Dora Terra
Investiga a infância por meio de memórias e da observação da produção artística infantil. Aos 23 anos, questiona e busca compreender aspectos da arte infantil, empregando traços que remetem à garatuja como parte essencial de seu trabalho. Atualmente, é graduanda em Artes Visuais pelo IFG/Câmpus Cidade de Goiás e desenvolve sua arte principalmente através de pinturas e desenhos.
Ismael Lombardi
Multiartista e estudante de Cinema e Audiovisual no IFG – Câmpus Cidade de Goiás. Ele explora diversas linguagens, como pintura, escultura, cinema, fotografia, literatura e música. Seu trabalho gira em torno da materialização das emoções no campo físico, da vivência LGBTQIAP+ por meio de uma infância neurodivergente, dos processos de fragmentação do self originados por traumas, e de questionamentos sobre HIV, religião e família. Além disso, sua produção artística incorpora o ocultismo e a espiritualidade como uma busca transcendental e alquímica de autoconhecimento.
Murilo Ribeiro
Estudante de Artes Visuais no IFG/Câmpus Cidade de Goiás e se destaca como artista plástico e cineasta em sua produção. Ele vem desenvolvendo uma pesquisa que traz anjos inseridos em contextos e assuntos ligados à regionalidade, às lutas e às críticas aos padrões violentos e conservadores presentes em nossa sociedade, além de exaltar os processos interpessoais entre pessoas LGBTQIAP+. A obra também evidencia o recorte das paisagens goianas e denuncia as queimadas criminosas no cerrado, narradas a partir dos processos cíclicos pelos quais o bioma passa.
Rayane Cesário
Tem 20 anos, é artista visual e trabalha predominantemente com as linguagens de pintura e fotografia. Desenvolve sua pesquisa sobre seu corpo gordo e suas cicatrizes, explorando seus traumas de adolescente gorda. Em seus trabalhos, as cores predominam como expressão do SENTIR, refletindo o modo como se reencontra com suas dores e buscando libertação por meio de um grito insaciável, com a intenção de curar a sua própria prisão. aborda o cotidiano da vida adulta.É graduanda em Artes Visuais pelo IFG – Câmpus Cidade de Goiás.
Vitü Lima
O artista fotógrafo, natural de Jataí-GO e com 22 anos, atualmente reside na Cidade de Goiás – GO, onde cursa o Bacharelado em Cinema e Audiovisual no IFG – Câmpus Cidade de Goiás. A poética de Vitü Lima se baseia na forma de captar o extraordinário humano em sua essência mais íntima, retratando e abordando de maneira delicada temas como a ansiedade, depressão e vivências neurodivergentes, todas relacionadas ao seu próprio cotidiano. Além disso, ele aborda os retratos da vida de uma pessoa LGBTQIAP+ que luta por uma vida digna, respeitosa, afetuosa e amorosa. Tudo isso é expresso por meio de fotografias de retratos, com inspiração no surrealismo, explorando o olhar íntimo de si mesmo e do outro.
