Nos supermercados de todo estado e também da Cidade de Goiás o valor de verduras, legumes e frutas tem espantado o consumidor. O quilo da vagem chegou a 39,99. Trata-se de um aumento de aproximadamente R$30, se comparado ao início do mês. Jiló, quiabo, chuchu, tomate, beterraba, pimentão e batata também tiveram aumentos significativos.
De acordo com o gerente técnico da Central de Abastecimento de Goiás (Ceasa-Go), Josué Lopes, a alta desses alimentos em abril já é previsível todos os anos devido ao período chuvoso. Ele explica, porém, que este ano, por causa do fenômeno climático El Nino, a situação foi mais acentuada.
“Chuvas fortes afetam muito as plantações, que ficam mais suscetíveis às pragas. Há ainda a perda da qualidade do alimento, e os ventos podem derrubar as floradas. E quanto menor a produção, maior o preço”, diz Josué Lopes.
A boa notícia, ainda conforme o gerente da Ceasa, é que para os próximos meses a produção deve se normalizar com a diminuição das chuvas.
Mas enquanto a situação não se normaliza, consumidores têm procurado evitar alimentos que estão em alta. Mas proprietários de restaurantes, como Emerson Cordeiro, contam que nem sempre é possível fazer substituições para realização dos seus pratos.
“Trabalhamos com sanduíche e não conseguimos tirar o tomate da receita. Para manter a qualidade e preço temos passado por alguns apertos e, na medida do possível, conseguimos fazer algumas trocas para passar por isso sem prejuízos”, diz.
Quando é possível, Emerson ressalta que as substituições são bem-vindas, e assim é feito com algumas frutas, como o morango, que se coloca no açaí. “Outra estratégia que usamos é esperar as promoções que acontecem uma vez por semana”, revela.
Foto: Rariana Pinheiro
