Artigos, Crônicas e Poesias

Mulher Lendeira

Hoje, não ouvi um tango argentino

Preferi gerenciar cavalos cantantes.

É a minha vez de mulher lendeira.

 

Nas lendas que teço

deixo espaço para o destino, para uma inquietação

por vezes açucarada

 

que rói, rói, rói

até renascer palavra

fluida…

noturna…

azulada…

 

Entre verdades e mentiras,

vou.

E vou a imaginar confiantes histórias.

 

Como as dos santos, as dos profetas ou daquelas outras

que atravessam o agora por séculos e séculos afora.

 

Heloisa Helena de Campos Borges

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