Tom pedagógico, valorização do ensino e ampliação do diálogo com a comunidade. É com esses eixos que o professor Stênio de Oliveira assume, a partir desta segunda-feira (13), o cargo de diretor-geral do Instituto Federal de Goiás (IFG) – Câmpus cidade de Goiás, substituindo o professor Sandro de Lima, que esteve à frente da instituição desde 2017.
Graduado em Física pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Stênio atua na área de educação científica desde 2005 e integra o quadro docente do IFG desde 2010. Possui mestrado e doutorado em Ensino de Ciências e Matemática, também pela UFG, e tem uma trajetória marcada pela dedicação à docência e à formação de jovens.
Natural do interior de Goiás, Stênio chegou ao IFG de Formosa antes de vir para a cidade de Goiás, em 2012, onde participou ativamente da implantação do câmpus. “Eu me vejo como um ser que ensina e estuda ao mesmo tempo”, afirmou durante entrevista à Rádio Nova Fogaréu, concedida em junho, logo após ser eleito.
Com uma postura serena e pragmática, o novo diretor quer imprimir à gestão um tom mais pedagógico, priorizando o fortalecimento da qualidade de ensino e a organização do trabalho educacional. “Todo o restante do Instituto tem que funcionar em torno do campo pedagógico. O mais urgente é organizar esse trabalho e apresentar as qualidades do IFG, não só para a comunidade vilaboense, mas também para o nosso entorno”, destacou.
Essa ênfase reflete sua visão de que o papel do IFG vai além da formação técnica. Para ele, o câmpus deve ser um espaço de produção de conhecimento, de diálogo e de transformação social, conectando ensino, pesquisa e extensão. “A educação de qualidade que a gente oferta é a melhor forma de estabelecer diálogo com a comunidade”, disse.
Prioridades e desafios
Entre as prioridades apontadas por Stênio estão a melhoria dos espaços de convivência estudantil, a questão do transporte coletivo para acesso ao câmpus e o fortalecimento do restaurante estudantil — demandas que surgiram com força durante a campanha, por meio de uma caixa de sugestões aberta aos alunos.
Outro ponto que ele quer implementar logo no início é a criação de uma Comissão Interna de Comunicação Social, voltada para aproximar ainda mais o IFG da sociedade. “Precisamos levar para fora todos os elementos bonitos que temos dentro da instituição, e também trazer a comunidade para dentro do IFG”, afirmou.
Uma gestão com base científica e colaborativa
Com formação em Física, o novo diretor diz que pretende levar para a administração o mesmo raciocínio objetivo e analítico que aplica à ciência. “Sou muito pragmático e objetivo. Procuro identificar e encontrar estratégias para resolver problemas. E isso eu quero aplicar na gestão: analisar dados, observar experiências de outros locais e construir soluções em conjunto.”
Stênio também defende a integração entre ensino técnico e o setor produtivo, sem perder o compromisso com a formação humana e crítica. “Trabalhar não é só conseguir emprego, é produzir conhecimento. Nosso papel é formar pessoas que saibam aplicar o que aprendem para transformar o mundo ao redor.”
Ao se dirigir aos alunos, especialmente os que ingressam na instituição, Estênio foi direto ao afirmar para que eles “Aproveitem o IFG. Aproveitem os professores, os projetos de ensino, pesquisa e extensão. O Instituto oferece uma educação de altíssimo nível, com docentes mestres e doutores em suas áreas. Tudo que gira em torno do IFG é para o crescimento pedagógico e pessoal dos nossos alunos.”