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Cidade de Goiás perde um grande nome do rádio: o radialista Luiz Carlos

Elegância, polidez e um apurado gosto musical. Estas eram algumas das marcas registradas do radialista da Nova Fogaréu e árbitro de futsal aposentado, Luiz Carlos Fernandes, 78 anos. Ele morreu nesta sexta-feira (29). O velório está acontecendo na Sede Santa Luzia e o sepultamento será neste sábado (30), às 12h, no Cemitério Municipal São Miguel.

Ele lutava contra as complicações de um câncer de pulmão com metástase e morreu no Hospital São Pedro, onde estava internado desde a última quarta-feira (27). Deixa a esposa Marilda, 4 filhos de sangue e uma de coração.

Na 99,7 ele apresentou por mais de 1 ano – se afastou para cuidar da saúde -, o programa “Revista Nova Fogaréu”, que era exibido pelas manhãs na emissora. Antes das 8h, já estava dedicado a escolher cuidadosamente as músicas, notícias que passariam em seu programa.

Conforme o proprietário da rádio, Dyogo Crosara, Luiz Carlos foi a primeira pessoa que ele convidou para o projeto da rádio. “Me lembro bem de sua reação quando lhe disse que criaríamos a Nova Fogaréu. Mesmo sabendo de sua doença, com a qual ele conviveu por quase 15 anos, tinha certeza que ele teria muita importância para a rádio”.

Dyogo Crosara também classificou o esforço de Luiz em apresentar seu programa como uma lição para todos. “Sabia da sua alegria em ter o seu programa, o Revista Nova Fogaréu, e de poder falar com seu público cativo. Gostaria de ressaltar que ele foi muito importante para que a rádio tivesse esse sucesso que tem, e ele estará sempre marcado em nossa história”, disse.

“Foi uma surpresa, depois de já ter aposentado, ser convidado pelo Dyogo Crosara. Com certeza essa foi uma das maiores alegrias que ele teve no final da vida. Quero aqui registrar nossa eterna gratidão pelo amigo Dyogo Crosara, que mesmo depois do Luiz Carlos não conseguir mais ir trabalhar, nunca o deixou ele desamparado. Também quero deixar registrado a todos os amigos e colaboradores da rádio Nova Fogaréu que também nos deram toda ajuda e suporte nessa dura luta contra o câncer”, disse Monique, filha de coração de Luiz Carlos.

Na rádio Nova Fogaréu, Luiz fez amigos e superou limitações e, mesmo com dificuldades, aprendeu a dominar a tecnologia para conduzir com autonomia seu programa.

“Carinhosamente, chamávamos o Luiz de Fofo. Lembro-me de como ele estava feliz quando pôde,novamente voltar aos microfones através do projeto da Nova Fogaréu. A alegria era estampada em seu rosto. Sou grata por todo o aprendizado que tivemos com esse grande homem e comunicador. Que Deus o receba em seus braços, descanse em paz, meu amigo”, disse a diretora comercial da rádio, Marielly Silva.

“É um dia muito triste para todos nós da Rádio Nova Fogaréu e para o rádio vilaboense. Além da voz marcante e um gosto musical refinado, suas mensagens cheias de alegria e otimismo iluminaram nossas manhãs por muito tempo, com seu jeito todo elegante de se comunicar. Ele já está fazendo muita falta! Será sempre lembrado com carinho e gratidão por todos nós”, afirmou o diretor executivo da rádio, Alex Pereira.

História no rádio
Luiz Carlos nasceu em Criciuma (SC) e chegou na Cidade de Goiás no começo dos anos 2000. Conforme o amigo e radialista Sinair Pereira, ele chegou na antiga Vila Boa por um motivo imprevisível: como árbitro da Federação Brasileira de Futsal e se apaixonou pela radialista Janete e, consequentemente, pelo universo do rádio.

“Ele veio apitar um jogo aqui na Cidade de Goiás, da Copa Goiás de Futsal, conseguiu um emprego na rádio e ficou. Por onde passou fez jornalismo com imparcialidade e empenho. Também gostava de música e participava de grupos de serenata”, recorda Sinair.

A primeira rádio em que atuou foi a Vila Boa FM, depois foi diretor da Rádio Cidade de Goiás e, posteriormente, da Fogaréu FM. Ele também trabalhou na Rádio 13 de Maio, mas a última vez que entrou no estúdio foi na Nova Fogaréu.

“A rádio era a vida dele, amava fazer os programas, interagir com as pessoas e ser reconhecido na rua. Tratava todos com muito carinho”, diz Monique.

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